Saturday, June 2, 2007

Barragem de Alqueva


A barragem de Alqueva forma uma albufeira com grande capacidade de armazenamento, sendo de destacar as seguintes características:



  • 3150Hm³ de capacidade útil;

  • 96 metros de altura;

  • 1160Km de margens:

  • 250km² de área.

Curiosidades:



  • A energia produzida pela central hidroeléctrica de Alqueva evitará a emissão anual de 360000 ton de CO2 .

  • O Alqueva é o maior lago artificial da Europa.

Aldeia da Luz


Com cerca de 373 habitantes, integra a freguesia de Nossa Senhora da Luz. È considerada a aldeia mais carismática das aldeias ribeirinhas, devido ao facto de ter sofrido as consequências mais directas com a construção da barragem, dado que a velha aldeia ficou completamente submersa, tendo dado lugar a uma aldeia nova totalmente construída de raiz. Este facto pode ter sido considerado como o principal impacto social desencadeado pela criação da albufeira de Alqueva.
A nova Aldeia da Luz está localizada entre as cotas 160 e 170m.


Mourão

Mourão é uma vila portuguesa, no Distrito de Évora, região Alentejo e sub-região do Alentejo Central, com cerca de 2 100 habitantes.
É sede de um município com 278,54 km² de área e 3 230 habitantes (2001), subdividido em 3 freguesias.

Estrela

A aldeia da estrela é uma pequena povoação, com cerca de 125 habitantes, localizada na freguesia de Póvoa de S. Miguel, no entanto, trata-se de um dos locais que apresenta melhores vantagens face ao aproveitamento hídrico e turístico que provém da água da albufeira, pois fica tangente ao extremo ocidental da povoação. É a aldeia ribeirinha que estabelece a mais estreita relação com a albufeira de Alqueva, uma vez que é a única que fica numa península, o que lhe confere aptidões especiais para o desenvolvimento de actividades ligadas à náutica e ao recreio aquático.

Fauna e flora

Ao nível dos peixes presentes no Grande Lago, estes são os mesmo que se podem encontrar no Rio Guadiana tal como o Barbo, o Saramugo, a Boga-do-Guadiana, a Verdemã, entre outros, sendo estes autóctones, ou seja, completam o ciclo de vida nas águas do Guadiana. Existem também espécies exóticas introduzidas pela Homem como a Carpa, o Lúcio, o Pimpão, o Chanchito, a Gambúsia, a Perca-sol e o Achigã, sendo esta última uma espécie que muito se destaca pois é bastante apreciada em termos gastronómicos e para a realização de concursos de pesca desportiva.
Quanto às aves características da região, destacam-se a Cegonha-preta, a Águia-real, o Abutre-preto, a Abetarda, o Milhafre-preto, o Grou, o Pato-real, a Galinha-d’água, o Galeirão, a Garça-real, a Perdiz-do-mar, o Mergulhão-de-poupa, entre outras favorecidas pelo tipo de habitat existente. Os montados de sobro e de azinho, os matos de esteva, onde se misturam o alecrim, o tomilho e o rosmaninho, os campos lavrados, os olivais e as hortas são favoráveis à permanência das aves na bacia do Guadiana. Algumas destas aves procuram as margens quer para nidificarem, quer para se alimentarem. De igual modo circulam neste espeaço animais como Javalis, Coelhos-bravos, Lontras, Lebres bem como algumas espécies de répteis (Salamandra-lusitanica, Cobra-de-escada, Furapasto-ibérico…). Nas zonas escavadas pela natureza e pelo homem abrigam-se morcegos, como o Morcego-rato, Morcego-de-ferradura e Morcego-de-peluche.
Estão são algumas das riquezas do património natural que se pode encontrar e descobrir nas terras do grande lago do Alqueva.

Turismo

Em turismo, a paisagem, para além de constituir uma componente imprescindível para o desenvolvimento da actividade, é também um elemento essencial de atracção para muitos visitantes. O turismo é uma actividade que contribui como poucas para o desenvolvimento económico e social das regiões. Assiste-se já a um crescimento gradual, embora que ainda diminuto, da actividade turística, muito ligada a aspectos da natureza e do património cultural e edificado, até agora bastante reduzida devido à má divulgação e não aproveitamento dos recursos existentes, entre outros.
Aqui será possível combinar diversas práticas de lazer e recreação, como a pesca, vela, canoagem, remo, passeios de gaivota, entre outras actividades. Em relação aos recursos históricos monumentais e artísticos é sabido que o património cultural construído existente nesta área, possui grande interesse, como é o caso de Évora (património mundial), Monsaraz (aldeia histórica de grande relevo arquitectónico).
Na gastronomia o queijo, o presunto e o azeite dispensam apresentação, tal como o artesanato local, os ofícios e artes tradicionais.

POAAP – Construção nas Margens da Albufeira de Alqueva

Devido à pressão urbanística exercida nas margens da albufeira de Alqueva, foi necessário estabelecer um plano de ordenamento do território. Neste plano foram determinados locais de possível construção junto às margens, os quais foram escolhidos de acordo com parâmetros, tais como, o interesse turístico, a não alteração drástica paisagística, de modo a impedir uma construção rápida e desordenada.
De forma a salvaguardar os recursos e valores naturais, cumprindo requisitos legais e atingindo objectivos de interesse público, elaborou-se o Plano de Ordenamento das Albufeiras de Alqueva e Pedrógão (POAAP).
Foi delimitada uma Zona de Protecção, que corresponde a uma faixa terrestre de protecção às albufeiras, com uma largura máxima de 500m em torno destas. Para além desta zona, foram também delimitadas áreas de protecção e valorização de recursos e valores específicos, integrando áreas de conservação ecológica, de especial interesse cultural, de valorização ambiental e paisagística e áreas agrícolas e florestais. Outras das áreas integradas nas zonas de protecção são as de utilização recreativa e de lazer e, ainda, as áreas com vocação edificável e turística. Estas últimas resultaram da forte procura turística optando assim por demarcar vastas áreas vocacionadas em empreendimentos turísticos.
Para alem das áreas de protecção foram também delineadas duas áreas de valorização de recursos específicos:
- áreas de conservação ecológica, constituídas por habitats e outras áreas com valores naturais;
- áreas de especial interesse cultural abrangendo áreas com especial interesse cultural e paisagístico;

Abastecimento de água às populações

A situação de seca que nos últimos anos vem a afectar o país, mais acentuadamente no Alentejo, veio criar às populações locais graves problemas de falta de agua não só a nível dos consumos domésticos mas também a nível dos consumos agrícolas dadas as características marcadamente rurais da região. Também o aumento da população e a concentração industrial em determinados locais agravaram este problema de abastecimento de água, pelo que a sua solução terá de passar forçosamente pelas águas subterrâneas na medida em que já hoje é impossível manter os caudais necessários ao abastecimento sem recurso às águas de superfícies.
Dado que os sistemas de abastecimento a partir das águas superficiais são já uma realidade, o que está em causa neste momento é a continuidade de funcionamento dos actuais blocos de rega, pois a dotação de água para o abastecimento é já superior à afluência natural das referidas barragens, o que implica a eliminação de dotações para a rega.
Em suma, só com a execução do sistema de Alqueva, único tecnicamente viável, dadas as suas utilizações múltiplas, se solucionarão os problemas de abastecimento de água e de irrigação do Alentejo.

No barco